Raya e o Último Dragão: Uma história sobre fé

 

Raya e o Último Dragão chegou como um filme simples, espirituoso e divertido carregado de mensagens sobre o poder de acreditar no próximo, fé e união.

A história conta sobre Kumandra um país dividido em cinco tribos: Coração, Coluna, Presa e Cauda. Cada um desses nomes é relacionado a parte de um dragão, o mesmo que salvou essas tribos de uma ameaça chamada Drunn há 500 anos através de sua magia que ficou centrada numa esfera e simplesmente desapareceu.

Com o desaparecimento do dragão, Kumandra que antes vivia em união, se dividiu em cinco e guerras iniciaram por poder e pelos pedaços desse objeto místico.

Após uma tragédia, a protagonista Raya da tribo Coração, decide encontrar o último dragão. Uma história que se tornou lenda, mas se torna sua última esperança para recuperar sua antiga vida. Seu desejo é realizado quando ela encontra o dragão fêmea Sisu.

Sisu é ingênua e gera humor para a trama, ela acredita fortemente que pode unir as tribos como Kumandra novamente e vencer os Drunn. Raya conhece a dor da traição e sabe como os humanos são fáceis de mentir e manipular em prol de suas próprias vontades, como aconteceu com Namaari, uma ferida que não cicatrizou.

Namaari inclusive está caçando Raya há todo esse tempo e Raya precisa aprender a confiar em pessoas de diferentes tribos para salvar aqueles que ama.


Uma das definições de fé no dicionário: estado ou atitude de quem acredita, ou tem esperança em algo.

Raya iniciou sua busca de modo egoísta. Ao buscar o dragão, ela nunca incluiu em seu plano salvar outras pessoas ou unir um mundo tão polarizado. Sua jornada em entender a mensagem de Sisu, de seu pai e confiar tanto em pessoas de outras tribos quanto em Namaari após sua traição carrega importantes mensagens para o filme.

Seu medo e sua falta de fé custou muitas coisas durante o filme. Ela teve que aprender dar o primeiro passo, Namaari em suas ações também estava em dúvida com falta da fé, buscando um ponto de luz.

A própria ameaça do filme é uma sombra cheia de raiva se alimentando de tudo que surgiu do egoísmo humano.

O filme usa do humor de outros personagens para iluminar a descrença em Raya, usa da raiva para cegá-la e usa da fé para o momento de esperança.

Em suma, Raya e o Último Dragão é uma história fantasiosa para crianças e adultos, sobre duas garotas e cinco tribos. De pessoas em dúvidas, de pessoas com certeza sobre um mundo em ruínas se construindo novamente quando eles resolveram ter fé.




Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr

Primeiras Impressões: Mare of Easttown

Como votado no instagram hoje, falaremos sobre primeiras impressões da série Mare of Easttown baseado apenas no primeiro episódio. Se você não ficou sabendo sobre e quer escolher a próxima série ou o próximo filme é só ficar ligado no nosso instagram: @blogleiapop.

Mare é a detetive de Easttown, uma pequena cidade aonde todos já se conhecem e os casos costumam ser aqueles rotineiros na qual os policiais já sabem quem os praticaram e aonde procurar, não existem muitas novidades por ali. Uma senhora reclama de algum jovem espionando a neta tomar banho, um irmão que rouba a irmã várias vezes devido a drogas e ela nunca presta queixa. Casos que se repetem, mas Mare sempre trata as pessoas com sensibilidade e tato.

Muito conhecida por toda a cidade por ser excelente em seu trabalho, Mare ainda tem um caso não resolvido em sua carreira. Um único caso mais parecido com uma ferida, na qual Dawn Bailey continua a cutucar. 

Katie Bailey sumiu há um ano e nenhuma pista foi encontrada por mais que Mare se esforçasse. Durante todo o episódio vemos panfletos de Katie espalhados na cidade. Katie é uma usuária de drogas e tem histórico de prostituição e Mare acredita que ela esteja morta em algum lugar.

Mare precisa lidar com investigações e casos pequenos, enquanto sua vida em casa não é tão boa. Ela vive com a mãe, o neto Drew de 4 anos e a filha Siobhan. Seu ex-marido vive atrás da sua casa e está noivando com Faye vivendo um ninho de amor. Mare não fala muito sobre seu estado interno, mas os momentos em sua casa e os momentos que a acompanhamos sozinha é possível notar como seu trabalho intimista sendo tão sensível e estabelecendo ordem aos caos não faz com que ela consiga controlar o caos que está sua vida interna e externa.

A série tem um ritmo mediano. Peca em apresentar muitos personagens em seus 58 minutos, mesmo que os desenvolva bem. Alguns personagens tem núcleos paralelos com Mare que faz encontro com o cliffhanger no final, costurando a série criminal e dando uma ideia para aonde irá encaminhar com boa parte dos personagens apresentados.

Mare of Easttown inicia como uma série de detetive comum, mas abre portas para ser uma série muito mais profunda ao entrar fundo na alma e na vida de sua protagonista e sendo uma série da HBO não duvido que muitas surpresas podem vir dos próximos episódios.


Vanessa de Oliveira
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