Resenha: The Legend of Korra - Ruins of the Empire (Part Two)

 

Título: The Legend of Korra - Ruins of the Empire (Part Two)
Roteiro: Bryan Konietzko e Michael DiMartino
Ilustrações: Michelle Wong        Coloração: Killian Ng
Editora Dark Horse Comics
Páginas:80

Se você não terminou A Lenda de Korra essa resenha pode conter spoilers!

Esse é o segundo volume da HQ do arco Ruínas do Império que continua as aventuras de Korra após o final da animação. Após o primeiro volume, Korra se separa de seus amigos e vai com o príncipe Wu procurar Toph para se eleger na corrida eleitoral do Reino da Terra.

Asami, Mako e Bolin ficaram com a missão de transportar Kuvira, mas eles não conseguem ir muito longe e acabam caindo numa armadilha do Comandante Guan. Kuvira é a única que escapa. A arma secreta do comandante Guan é revelada e Mako, Bolin e Asami passam por uma lavagem cerebral e trocam de lado.


Kuvira procura ajuda de Su, uma parte do passado e o relacionamento das duas é revelado. É possível compreender o  motivo da Kuvira afastar as pessoas e Su e sua família mantém ressentimentos pelas ações passadas dela.

Korra e Wu conseguem convencer Toph a se candidatar, mas ao retornarem descobrem que todas as pessoas parecem diferente e muito decididas a votar no Comandante Guan. Com o retorno de Kuvira, ela descobre sobre as lavagens cerebral e o seus amigos que foram convertidos.

Korra agora precisa enfrentar, resgatar seus amigos e achar uma maneira de salvar a democracia. Kuvira está começando a perceber as consequências de suas ações para a segurança do mundo e a perda das pessoas que amavam e já confiaram nela alguma vez.

The Legend of Korra: Ruins of the Empire aumenta a tensão em seu segundo volume e traz mais ainda Kuvira para o lado das consequências dos atos de seu poder totalitário, o custo disso para ela e para o mundo. Korra enfrenta a perda de seu amor e de seus amigos. E o Comandante Guan está cada vez mais perto do seu objetivo do que eles imaginam.



Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr

Os melhores discos de 2020, pela Tropicadelia

A Tropicadelia já passou pelo blog algumas vezes, recentemente lançou um EP cheio de significados e que com certeza nos fez olhar de forma diferente para o futuro. Formada por Fernando Kid (guitarra e voz), Eduardo Martinez (baixo e voz) e Renan Augusto Dias (bateria e voz), a banda fez uma seleção dos melhores álbuns de 2020, se baseando na crítica e naquilo que eles gostam de ouvir. Originalmente, a lista saiu o IGTV (@tropicadelia) e hoje vamos abrir esse espaço para que eles também conversem com vocês e mostrem a lista dos melhores discos do ano. Então, aproveitem e não se esqueçam de salvar as dicas no Spotify.

Com a palavra, Tropicadelia:

OS MELHORES DISCOS DE 2020, pela Tropicadelia 

Não cansamos de frisar, mas caso alguém esteja vivendo uma ilusão a lá WandaVision, é importante relembrar que o mundo tá uma bagunça. E, apesar dos pesares, algumas das poucas coisas boas que rolaram no ano passado foi uma das maiores faunas musicais dos últimos tempos. Claro, poderia e deveria ser bem melhor, se o cenário fosse outro. Mas é por todos os percalços que cada uma dessas obras merece ser ressaltada. Aqui escolhemos os nossos preferidos, não necessariamente em uma ordem ou ranking. Tem obviedades e surpresas. E muita música boa. Esperamos que curtam a lista e, caso tenham interesse, deem uma escutada se caso algum desses citados não seja de seu conhecimento. Garantimos, ao menos, que sua curiosidade será sanada em grande estilo. Nessa lista temos as opiniões de Eduardo Martinez, baixista da banda, e também de Renan Augusto Dias, o baterista. Vamos lá! 

Luedji Luna – Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água (ouça)
Depois de seu disco de estreia em 2017, Luedji Luna já era uma artista que vinha conquistando seu espaço a passos largos. Antes mesmo de ser lançado, “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água” já era uma aposta alta para 2020. Não decepcionou. Pelo contrário, Luedji superou as expectativas com um álbum sofisticado, mas sem perder a urgência e o aprofundamento em temas como machismo e racismo. 
- Eduardo Martinez 

Kiko Dinucci – Rastilho (ouça)
Seja no violão ou na guitarra, o estilo do Kiko Dinucci é marcante desde sempre. Em todos os projetos que participa é sempre visível sua marca no som. Em “Rastilho” essa personalidade toda aparece latente e mais poderosa do que nunca. Seja nas faixas instrumentais ou nas cantadas por ele ou por convidados (Ava Rocha, Rodrigo Ogi, Juçara Marçal), o disco parece um caldeirão prestes a explodir, tanto na sonoridade tensa quanto em vários temas (igualmente tensos) por onde as músicas passam. - Eduardo Martinez 

Tagua Tagua – Inteiro Metade (ouça)
Se a categoria ‘revelação’ fosse algum dos braços da lista, o primeiro álbum do projeto encabeçado por Felipe Puperi certamente brigaria forte pelo troféu. O gaúcho era um dos membros do grupo indie Wannabe Jalva, que já foi line up de grandes festivais país afora. Sozinho, ao menos teoricamente, Felipe conseguiu juntar algum restolho de referência da sua antiga banda, colocou suingue e um naipe de sopros, embebedados numa poça de reverb. Como disse antes, é como se o Foster The People nascesse no Rio de Janeiro. Não teria como ser ruim. - Renan Augusto Dias. 

Pelé do Manifesto – Gueto Flow Preto Show (ouça)
Não é apenas rap. Já seria bem bom se fosse apenas rap. Mas não é só isso. Tem hip hop, disco, baladas românticas e rock’n roll. E o mais importante: Orgânico. E notável que o instrumental é realmente gravado por uma banda, o que deixa a poesia ainda mais evidente. Poesia marginal, necessária e sem rodeios, aliás. Por tratar de assuntos que, infelizmente, Pelé sentiu na pele, sua fala transborda verdade. O álbum ainda tem as participações mega agregadoras dos refrões de Luê, Malu Guedelha e Marisa Brito. Que obra! - Renan Augusto Dias


Pedro Pastoriz – Pingue Pongue Com o Abismo (ouça)
Pedro Pastoriz faz parte do Mustache e Os Apaches, mas por aqui chega com o seu terceiro disco solo. Em um álbum onde a temática é a repetição, a irreverência e a melancolia andam juntas de uma forma que pode até causar estranhamento a princípio, mas quando bate... Não tem mais volta. É um álbum para se ouvir do início ao fim, fazendo conexões, se divertindo, se emocionando e entrando nesse universo peculiar que é o “Pingue-Pongue Com o Abismo”. - Eduardo Martinez
 

Ira! – IRA (ouça)
Como é bom ver uma lista repleta de novos artista ter seu representante do rock clássico brasileiro, especialmente de uma banda oitentista que sobreviveu ao conservadorismo barato. E com esse disco, aliás, o Ira! fala bastante sobre temas necessários, com um polimento que não soa como fugir da raia, e que tem mais a ver com ‘fazer caber na música’. Em faixas como “Mulheres a Frente da Tropa”, experimentos com violões e corais. Em “Você me Toca”, um claro revival aos tempos de ouro do grupo. O disco é uma viagem, e vale a passagem! - Renan Augusto Dias 

Djonga – Histórias da Minha Área (ouça)
Djonga já é um dos maiores nomes do rap brasileiro da atualidade. O Rapper mineiro lançou em 2020 seu quarto disco onde manteve a crescente que vem desde o debut. Nesse mesmo ano foi o primeiro brasileiro indicado ao Bet Hip Hop Awards, uma das mais respeitadas premiações de rap do mundo. O disco é uma metralhadora de pensamentos bem sacados, beats densos e apontamentos pra vários lados, rap mais tradicional, trap... Mas tudo soando coeso e coerente. - Eduardo Martinez 

Sepultura – Quadra (ouça)
Apesar da banda ter maior notoriedade em solo estrangeiro, não deixa de ser um disco nacional. E vindo da banda que é, não teria como ficar de fora da lista. O Sepultura dispensa apresentações, mas quem precisa ser apresentado é o monstro Eloy Casagrande. O jovem baterista desenferrujou a banda e trouxe um peso complexo, que há muito não ouvíamos. Não é só rapidez. É rapidez bem distribuída. E, sem novidade, o álbum foi o primeiro em algumas listas de nível mundial. Merecido, claro. Destaque para a participação de Emily, da banda Far From Alaska, na última faixa. - Renan Augusto Dias 

Letrux – Letrux Aos Prantos (ouça)
Depois do elogiadíssimo “Letrux em Noite de Climão”, “Letrux Aos Prantos” é meio que o pós-balada. É quando vem a ressaca moral, a reflexão. Mesmo que ainda haja o que dançar, ou o que rir de si mesmo, a melancolia ainda brilha mais forte. Sentimento reforçado pela sonoridade, algo entre eletro pop, meio anos 80, até um pouco pós-punk. - Eduardo Martinez 

Sound Bullet – Home Ghosts (ouça)
Sound Bullet é uma banda do Rio de Janeiro que vimos de perto uns anos atrás. Com a outra banda que fazemos parte, a Código de Conduta, disputamos a final do EDP Live Bands com eles em 2018. Merecidamente venceram o concurso e ganharam o lançamento de um disco pela Sony. Eis que em 2020 chegou “Home Ghosts”. O indie rock que vimos no palco do Bourbon Street ainda está ali, mas com uma forte baforada de post-rock, math-rock e uma fundamental pitada de neo-soul. E tudo isso faz sentido lindamente no disco. - Eduardo Martinez 

Marcelo D2 – Assim Tocam os meus Tambores (ouça)
Desde o “Amar é Para os Fortes”, D2 tem apostado na finesse. Começar como rapper e fazer alguns mergulhos nada rasos no samba de raiz trouxe ao ex Planet Hemp uma fórmula que não lhe permitia fazer trabalhos ruins. Em “Assim Tocam os Meus Tambores”, o cara trouxe musicalidade ao rap. Refrãos marcantes, samplers lindos e participações pra lá de especiais. Se ouvido inteiro, o conceito fica ainda mais claro. É o nosso Kendrick Lamar! (Ou o Lamar é o D2 deles?). - Renan Augusto Dias 

Wry – Noites Infinitas (ouça)
O Wry é uma lenda do underground nacional. Quando eu descobri que existia uma cena independente incrível no Brasil (faz um bom tempo) a banda já tinha um nome consolidado no indie br. Em “Noites Infinitas”, está tudo ali: indie, shoegaze, pós-punk... Sem aquele peso de reinventar a roda, (coisas que a maturidade traz) mas tudo no lugar da melhor forma possível. - Eduardo Martinez 


Julico - Ikê Maré (ouça)
Julico é o vocalista e guitarrista do The Baggios. No disco de 2020 aquela força blues rock guitarreira da sua banda “titular” ainda está ali, mas com um tempero soul que faz toda diferença. Agrada tanto os fãs de Baggios como traz gente nova pra ouvir e curtir. - Eduardo Martinez 

Lucas Gonçaves – Se Chover (ouça)
Que a Tropicadelia se esbalda de uma fonte chamada Maglore, todos sabemos. E nesses últimos anos, seus membros tem apostado em trabalhos solos, que são igualmente bem feitos. Em 2019 nasceu o incrível álbum de Teago Oliveira e em 2020 fomos agraciados com a doçura de Lucas, com letras singelas e melodias que nos levam direto a Lô Borges, Milton Nascimento e o Clube da Esquina. Impossível não fazer a comparação. E assim como qualquer álbum do Clube entraria em qualquer lista do mundo, esse também está. - Renan Augusto Dias 

Zé Manoel – Do Meu Coração Nu (ouça)
“Do Meu Coração Nu” já abre com “História Antiga”. Música que traz frases como: “Houve um tempo em que a canção não impedia mais um jovem negro de morrer por conta da sua cor/Uma história tão antiga em 2019/De uma civilização antiga em 2019”. Bom, se isso não te toca de alguma forma, te aconselho a não só não continuar ouvindo o disco, como indico procurar um cardiologista, porque algo não vai bem aí no meio do peito. - Eduardo Martinez 

Tropicadelia – Não Acabou (ouça)
Hahahahahahaha! Mas, apesar da brincadeira, o nosso EP também foi um dos lançamentos de 2020. Se merece estar na sua lista, não sei. Mas se quiser tirar a prova, escute “Não Acabou” em sua plataforma de streaming preferida! Foi feito com muito carinho e suor. O Leia Pop, portal em que você está agora, fez uma resenha mega legal do trabalho! Você pode ler tudo clicando aqui. 

Nós fizemos uma playlist no Spotify com uma faixa representante de cada álbum aqui citado. São músicas que nós acreditamos resumir bem toda a atmosfera dos trabalhos. Se quiser sentir o drama da lista “tudo de uma vez”, é uma boa porta de entrada. Você pode ouvi-la clicando aqui. Aproveite e nos siga na sua plataforma preferida! Isso ajuda muito. 

Esperamos que tenham gostado e que isso, de alguma forma, tenha te apresentado algo novo. Estamos entrando num novo ciclo que esperamos muito que seja menos tortuoso que o último. Por mais difícil que seja ser pior que o ano passado, não vamos dar sorte pro azar. Então, achamos que um pouco de música boa e diferente pode dar mais luz nessa nova empreitada. Obrigado, Leia Pop, pelo espaço! <3 

Instagram e Twitter: @tropicadelia

Primeiras Impressões: WandaVision e o mistério escondido no humor


Não é segredo que Wanda é umas das personagens mais poderosas do Universo Marvel e não estava tendo tanto destaque nos filmes. Desde sua primeira aparição em Vingadores: A Era de Ultron, sua personagem tem sido utilizada para ser uma mulher questionando seus poderes e a mulher que perdeu seu irmão e o amor de sua vida.

Após os eventos de Vingadores: Ultimato, o Universo Marvel ficou em pausa por um tempo e retornou com uma série para abalar sua nova fase e sua protagonista é nada mais que Wanda e seu parceiro Visão. 

WandaVision estreou no Disney + e já está em seu terceiro episódio. Em formato de sitcom dos anos 70 e 80, lembrando principalmente A Feitceira, a série apresenta Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) vivendo uma vida tranquila numa cidade comum chamada Westview. Eles vivem sem revelar seus segredos e poderes, enquanto a vida comum e a pacata acontece.

Em meio ao humor inocente e bobo que mostra o casal tentando se enquadrar em sua vizinhança, certas coisas estranhas acontecem e tudo volta ao normal. Ou não. Para os leitores de quadrinhos, a série teve inspiração na Dinastia M e para quem não conhece, assista a explicação de 5 minutos no Universo X-Men.

Nada é o que parece nesse mundo. Wanda vive com seu grande amor que morreu nas mãos de Thanos em Vingadores: Guerra Infinita e seus vizinhos apresentam comportamentos estranhos. Principalmente, Agnes e Herb que parecem entender que existe algo de errado, mas nunca realmente falam sobre isso.

Fora dessa realidade, a S.W.O.R.D. está de olho nesse domo que Wanda criou. O que será essa organização? Qual a relação dela com essa realidade? Com a Wanda?

Mesmo com o humor espalhado por todos os episódios, mistérios e mistérios são adicionados para compreender melhor o que está acontecendo sem entregar tudo na mão do espectador. Do leve para assistir com a família para o mistério de perguntas "o que está acontecendo aqui?", WandaVision navega por mares ousados para Marvel e veio como uma surpresa divertida e ousada para esse universo. 


Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr

Mais histórias para você se apaixonar

2020 foi o ano em que eu mais me deixei levar pelo universo dos contos e não me arrependi. Histórias curtas, mas que marcam o coração de forma maravilhosa. Além dos e-books disponíveis para o Kindle, também li livros como, Vozes Negras e Leia Mulheres com várias autoras; e Às vezes eu ouço minha voz em silêncio, que tem uma seleção de contos da Puri Matsumoto. 

Hoje eu quero indicar duas histórias que li no final do ano passado e que me deixaram com um sorrisinho bobo. São contos que levam no máximo 1h de leitura, dependendo do seu ritmo. 

Então, vamos lá? 

Brilhante, de Renato Ritto 
Alex é estagiário de publicidade na Agência Brilho e sente que está perdendo toda a sua liberdade criativa nas ilustrações. Quando envia por acidente um e-mail que escreveu na força do ódio para o chefe fofo desabafando sobre tudo o que está sentindo, Alex teme por seu emprego... e por sua dignidade. 

A história é toda escrita como e-mails e eu achei essa ideia genial, nunca tinha lido algo parecido e me apeguei muito fácil aos personagens. Acredito também que esse formato tenha dado ainda mais liberdade criativa para o autor, o que deixou tudo espontâneo e engraçado. Amei ter conhecido o Alex, Frank e a Agência Brilho.  

“Os brilhantes fazem tudo melhor”


Entre Estantes, de Olívia Pilar 
Isabel quer provar para todos que pode ser boa no curso que escolheu. Mas o que ela não imaginava ao ir buscar um livro na biblioteca da faculdade é que, antes de provar qualquer coisa, ela precisa conhecer a si mesma.

Olha, eu me identifiquei demais com a Isabel, principalmente em relação o início da faculdade. Eu fiz Jornalismo e quando entrei passava boa parte do tempo na biblioteca, pois não tinha feito amizades e queria encontrar todas as referências bibliográficas que os professores indicavam. Só não tive nenhum crush para me motivar todos os dias (risos). 

Entre Estantes foi uma das leituras da Vanessa durante o desafio literário PRETATONA e no final de 2020 eu também li. Acredito que esse foi um dos contos que mais amei da Olivia e sempre que posso, indico a leitura. A escrita cativa pela simplicidade e nos deixa com vontade de conhecer mais sobre cada personagem. Amei cada momento entre Isabel e Helena.


Bruna Domingos
Instagram: @brunadominngos

Resenha: Jessica Jones - Filha Púrpura

 Título: Jessica Jones - Filha Púrpura
Roteiro: Kelly Thompson 
Ilustrações: Mattia De Iulis & Filipe Andrade
Editora Panini
Páginas: 128

Na segunda história de Jessica Jones - Ponto Cego, acompanhamos Jessica e Luke tentando fazer uma festa de aniversário para sua filha Danielle e após os eventos que ocorrem na festa, Danielle surge com a pele roxa. O que significa muitas coisas para Jessica, seu relacionamento com Luke e seus traumas voltando a vida da pior maneira possível.

Com seus traumas mais profundos se misturando com a coisa que ela mais ama no mundo, Jessica enfrenta dúvidas, medo e culpa. Logo nas primeiras páginas, uma conversa entre ela e Carol Davenrs - a Capitã Marvel - revela o quanto Jessica se culpa por isso estar acontecendo na sua vida e Luke ser arrastado para suas aflições.

Verdade e confiança não existe no mundo dela e Jessica sabe bem que alguns anos atrás, ela teria fugido dessa situação, mas ela tem uma filha agora e toma a decisão de não deixar sua família nem sua filha ser definida pelo homem que a traumatizou.



Filha Púrpura começa após poucas páginas de diálogos, mas com enorme carga emocional. Jessica decide investigar o que pode estar acontecendo. Killgrave deixou uma filha e alguns rastros de sua passagem para trás e é nisso que Jessica foca.

A história em sua maior parte é uma história de detetive, Jessica investiga o que pode estar acontecendo, procura testemunhas, pessoas para interrogar e usa seu humor ácido para lidar com a dor e com as pessoas que estão a sua volta.

Personagens como Demolidor, Punho de Ferro e Emma Frost aparecem durante a história para dar pistas ou mesmo ter uma conversar sobre a situação.


A história vai para um rumo inesperado e o desfecho surpreende tanto na resolução quanto a parte de ação. Jessica é obrigada a enfrentar seus traumas de modo ainda mais profundo.

Jessica Jones Filha Púrpura é a continuação de Ponto Cego, embora de ritmo um pouco mais lento, a história trabalha os impactos emocionais da vida de Jessica ligando seu passado ao seu pessoal e uma investigação que revela ainda mais sobre suas feridas emocionais.

Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr