Título no Brasil: Ele Tem Mesmo Seus Olhos
Diretor: Lucien Jean-Baptiste
Roteiro: Marie-Françoise Colombani, Lucien Jean-Baptiste e Sébastien Mounier
Sinopse: "Paul e Sali são um casal de negros casados que moram e trabalham em Paris. Recentemente, inauguraram uma loja, compraram uma grande casa a qual estão reformando, e aguardam ansiosos pela chegada de seu filho. Apesar de não poderem ter filhos biológicos, há muito eles têm lutado para adotar um filho. Quando Sali finalmente recebe a ligação que seu arquivo de adoção é aprovado, a felicidade é tanta que não cabe dentro deles!
Mal sabem eles, entretanto, que desafios inesperados os aguardam. O querido e esperado Benjamim é branco como leite, e Paul e Sali precisarão lutar para que seu filho de 4 meses seja aceito pelos seus novos avós e pela sociedade".
Como de costume, essa comédia francesa não é uma daquelas que te matam de rir, mas mantém você entretido e humorado durante todo o filme. Nessa história acompanhamos o casal de negros Paul (Lucien Jean-Baptiste) e Sali (Aïssa Maïga) que não podem ter filhos e estão há muito tempo no processo de adoção esperando por uma oportunidade. E tudo muda quando eles recebem a notícia de que, finalmente, seu momento chegou e eles podem ser pais do pequeno Benjamin.
Benjamin é um bebê branco. Para Paul e Sali, não existe problema nisso e eles estão transbordando amor por finalmente conseguir seu filho, mas o que não parece um problema para eles é um problema para outras pessoas, como a assistente social que cuida do caso deles e até mesmo os avós.
No dia a dia é muito comum ter crianças negras adotadas por casais brancos e quando pensamos no contrário pode surgir uma dúvida. Essa dúvida está representada na assistente social, que esconde todo seu racismo com a situação dizendo que está preocupada com o bem estar da criança. Há outros pontos do filme que abordam situações de racismo de diferentes perspectivas.
Sali é confundida o tempo todo como a babá de Benjamin, mesmo quando reafirma várias vezes que aquele é seu filho. Isso acontece em várias situações: quando ela sai com amigas e alguém começa perguntar informações do bebê diretamente para a amiga ao invés dela, no hospital quando pedem os verdadeiros pais e ao passear no parque ao encontrar outras babás.
Outro assunto abordado na trama é a imigração e suas implicações na França, como o preconceito também é utilizado para separar as pessoas no país. E embora a imigração e o racismo seja um assunto que eles abordem na perspectiva dos franceses é realmente algo que pode ser considerado em todo mundo.
Sem se aprofundar muito no drama nem fazer da comédia algo realmente muito humorado, He Even Has Your Eyes faz um balanço de uma comédia leve com uma crítica bem feita. Casais negros com filhos de pele clara ou mesmo branco não são incomuns e a construção da sociedade em sempre associar adoção de negros por branco carrega uma trama cheia de críticas de forma humorada e desconstruindo estereótipos.
O único ponto negativo do filme é o final que se desdobra de forma rápida e um pouco forçada dentro da trama, mas faz bom uso do tom de humor que utilizou até ali.
O filme está disponível na netflix.
Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr
Oi, Vanessa como vai? Que bom que o filme lhe agradou. Pena o final ter sido corrido, mas mesmo assim, o longa metragem possui muitas mensagens importantes a transmitir. Gostei da dica e da sua resenha. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Que legal essa indicação. Eu não sabia que tinha no Netflix, vou aproveitar para conferir também, e gostei bastante dessa linha de pensamento que ele traz, ainda mais sendo humorado, sem se transformar num exagero.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Oi, Vanessa!
ResponderExcluirSe tem algo que preciso fazer, é me abrir mais para os diferentes tipos de cinema. Normalmente eu consumo apenas filmes hollywoodianos, mas sei que o cinema francês, espanhol e até mesmo o nacional possuem obras excelentes :)
Eu gostei muito da proposta do filme, e por mostrar uma realidade com um toque de comédia. A resenha ficou ótima!
Estante Bibliográfica
Olá, Vanessa.
ResponderExcluirNo começo achei que era uma série hehe. Eu imagino a situação porque vi um pouco disso acontecer na minha família. Minha cunhada é negra e meu irmão loiro de olho azul e as três filhas deles puxaram para ele. Ela cansou de ouvir se era a babá das crianças.
Prefácio
Oii Vanessa
ResponderExcluirEu adorei a indicação, não conhecia essa história e não sabia que estava disponível na Netflix e vou procurar assistir. Gostei muito da proposta a ser abordada no filme.
Beijinhos.
http://focadasnoslivros.blogspot.com/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAinda não conhecia o filme e acho que vou gostar sim, mesmo tendo esse desfecho rápido demais. Assuntos importantes que são tratados com leveza e humor (na medida do possível), sempre me conquistam. Achei a premissa bem diferente do que a gente costuma ver por aí e anotei a dica! :)
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
P.S: exclui o outro comentário, porque foi todo errado hahaha! :)
Oi Vanessa, tudo bem?
ResponderExcluirEu não costumo assistir produções francesas mas, as poucas que conferi, identifiquei mesmo essa característica que você mencionou do humor. É uma comédia mais sutil, né?
Eu adorei o tema do filme e achei mega pertinente. As pessoas se dizem mega "não racistas", mas em situações simples assim revelam os verdadeiros pensamentos.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi Vanessa,
ResponderExcluirNão conhecia o filme, mas me parece muito bom. Achei legal a forma como ele trás temas importantes como o racismo e imigração em um filme mais leve, mas que mostra como isso pode ser difícil. Com certeza vou anotar a dica e a resenha ficou ótima.
Bjssss
https://pensamentossoavento.blogspot.com/
Estou assistindo o filme e me identificando em muitas situações. Os diversos tipos de preconceitos abordados podem nos levar a reflexões que muitas vezes tentamos nos omitir, mas que servem para nos colocar na realidade de seres humanos, irmãos, filhos do mesmo Pai. Viva a diferença! Vivre la différence!
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