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Arte: Fabrício Lopes |
Esse texto contém spoilers do primeiro jogo The Last of Us, inclusive seu final.
Com o recém lançamento de The Last Of Us Part II, o instagram da empresa Playstation tem utilizado muito marketing do primeiro jogo e do segundo jogo. Em um dos stories recentes da empresa a pergunta sobre o protagonista Joel sobre suas ações do primeiro jogo era o que mais chamava atenção.
Quando verifiquei pela última vez, Joel recebeu 80% dos votos como herói e 20% dos votos o consideravam vilão.
The Last of Us é um jogo exclusivo para Playstation 3 da Naugthy Dog que conta a história de Joel, um homem que vive num mundo em caos após um fungo, conhecido como Cordyceps, se espalhar e contaminar várias pessoas os transformando em criaturas medonhas após serem mordidas por outro contaminado.
É no meio desse caos que Joel recebe a missão de atravessar o país para levar uma adolescente, Ellie, para uma organização chamada Vagalume. Quando a missão se apresenta, Joel se nega e depois acaba convencido e os laços que ligam os dois vão se tornando cada vez mais estreito.
No meio dessa jornada, descobrimos que Ellie foi mordida por um dos infectados, mas não se transformou numa criatura e a intenção dos Vagalumes é usa-lá para uma cura. Quanto mais avançamos na narrativa, Ellie conta mais sobre todas as pessoas que amou e perdeu e Joel também carrega o fardo de uma perda.
Durante todo o jogo, o maior perigo não são os infectados. Os humanos que restaram lutam por sobrevivência e ao lutar por ela, as noções de certo e errado se torna uma linha muito tênue e as escolhas para sobreviver nessa linha torna a humanidade muito mais perigosa do que qualquer infectado de um paralelo zumbi.
Joel faz várias escolhas durante o jogo. Ele mata pessoas. Ele faz o possível para sobreviver, mas é o final do jogo que impactou todos.
Para se fazer uma cura, Ellie precisava morrer. Os laços que se formaram é grande demais e Joel toma a escolha de matar todas as pessoas do prédio do Vagalume e levar Ellie embora, ao ser questionado sobre o que realmente aconteceu, ele mentiu.
Ellie havia escolhido dar a vida pela cura e Joel tirou essa escolha dela.
O que isso o torna? Herói ou vilão?
É com a cena inicial de The Last Of Us que temos um vislumbre do homem que Joel era e do homem que ele se tornou ao confrontar a perda e a luta por sobrevivência. A primeira cena apresenta o dia em que o mundo colapsou, no meio da fuga enquanto tenta salvar sua filha, soldados se espalham pela cidade para matar e tentar conter infectados e nesse caos, Joel e sua filha Sara se deparam com um soldado que recebe pelo rádio a missão de matar os dois. Mesmo nenhum deles estando infectados.
Sara morre. Joel sobrevive.
Joel perdeu sua filha anos atrás e sua vida se tornou devastada. Ele nunca mais se apegou a ninguém e ele passa os anos apenas tentando sobreviver.
A missão de Ellie e o relacionamento de ambos trouxe de volta a proteção e a relação de pai e filha que ele perdeu há tanto tempo. Em sua escolha final, ao priorizar a relação de amor que construiu com Ellie do que todas as pessoas do mundo, ele fez a escolha de buscar aquilo que tiraram dele quando tudo começou.
Uma vacina poderia ser um avanço, mas nunca uma certeza. E escolher entre a humanidade que tirou tudo dele e a garota que ele aprendeu amar como sua filha, ele escolheu essa relação. Enquanto Ellie tinha sua escolha de finalmente dar algo pela humanidade após perder todos que amava, Joel finalmente estava pronto para ser um pouco egoísta e ter alguém para amar novamente.
Ele fez uma escolha baseada em seus sentimentos, mas ele também impediu a escolha de Ellie no processo.
Num mundo tão devastado e perigoso aonde humanos não possuem mais humanidade, as duas opções de herói ou vilão parecem estar muito borradas para definir Joel. Parafraseando alguns, somos todos heróis de nossas histórias e vilões de outras.
The Last of Us é um jogo exclusivo para Playstation 3 da Naugthy Dog que conta a história de Joel, um homem que vive num mundo em caos após um fungo, conhecido como Cordyceps, se espalhar e contaminar várias pessoas os transformando em criaturas medonhas após serem mordidas por outro contaminado.
É no meio desse caos que Joel recebe a missão de atravessar o país para levar uma adolescente, Ellie, para uma organização chamada Vagalume. Quando a missão se apresenta, Joel se nega e depois acaba convencido e os laços que ligam os dois vão se tornando cada vez mais estreito.
No meio dessa jornada, descobrimos que Ellie foi mordida por um dos infectados, mas não se transformou numa criatura e a intenção dos Vagalumes é usa-lá para uma cura. Quanto mais avançamos na narrativa, Ellie conta mais sobre todas as pessoas que amou e perdeu e Joel também carrega o fardo de uma perda.
Durante todo o jogo, o maior perigo não são os infectados. Os humanos que restaram lutam por sobrevivência e ao lutar por ela, as noções de certo e errado se torna uma linha muito tênue e as escolhas para sobreviver nessa linha torna a humanidade muito mais perigosa do que qualquer infectado de um paralelo zumbi.
Joel faz várias escolhas durante o jogo. Ele mata pessoas. Ele faz o possível para sobreviver, mas é o final do jogo que impactou todos.
Para se fazer uma cura, Ellie precisava morrer. Os laços que se formaram é grande demais e Joel toma a escolha de matar todas as pessoas do prédio do Vagalume e levar Ellie embora, ao ser questionado sobre o que realmente aconteceu, ele mentiu.
Ellie havia escolhido dar a vida pela cura e Joel tirou essa escolha dela.
O que isso o torna? Herói ou vilão?
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Ellie e Joel |
Sara morre. Joel sobrevive.
Joel perdeu sua filha anos atrás e sua vida se tornou devastada. Ele nunca mais se apegou a ninguém e ele passa os anos apenas tentando sobreviver.
A missão de Ellie e o relacionamento de ambos trouxe de volta a proteção e a relação de pai e filha que ele perdeu há tanto tempo. Em sua escolha final, ao priorizar a relação de amor que construiu com Ellie do que todas as pessoas do mundo, ele fez a escolha de buscar aquilo que tiraram dele quando tudo começou.
Uma vacina poderia ser um avanço, mas nunca uma certeza. E escolher entre a humanidade que tirou tudo dele e a garota que ele aprendeu amar como sua filha, ele escolheu essa relação. Enquanto Ellie tinha sua escolha de finalmente dar algo pela humanidade após perder todos que amava, Joel finalmente estava pronto para ser um pouco egoísta e ter alguém para amar novamente.
Ele fez uma escolha baseada em seus sentimentos, mas ele também impediu a escolha de Ellie no processo.
Num mundo tão devastado e perigoso aonde humanos não possuem mais humanidade, as duas opções de herói ou vilão parecem estar muito borradas para definir Joel. Parafraseando alguns, somos todos heróis de nossas histórias e vilões de outras.
Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr
Oi, Vanessa como vai? Eu não tenho o costume de jogar jogos eletrônicos, mas este jogo parece-me muito bom não é mesmo. A premissa de o jogo é interessante. O protagonista sendo herói ou vilão da estória é um atrativo a mais para os fãs né? Sua análise ficou excelente, parabéns. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Não conheço o jogo. Mas achei muito interessante tudo o que você falou e analisou do personagem.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Não sou muito ligada em jogos, apesar de term umas histórias incríveis rolando neles. Essa do Joel é bem complicada, porque não é só a perda da filha, mas uma série de acontecimentos que levaram a isso e as consequências. É bem complicado ser um herói o tempo todo, assim como não rola ser o vilão sempre.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Olá, como vão as coisas por aí?
ResponderExcluirEu amo jogos, mas, de um tempo pra cá, as obrigações me fizeram jogar bem menos do que eu gostaria. Gostei desse post, acho que os acontecimentos que circundam a vida do personagem do jogo fizeram ele se tornar assim. Acho que todos possuem o seu lado herói e o seu lado vilão haha.
Abraços!
Acampamento da Leitura
Olá, Vanessa.
ResponderExcluirDepende do ponto de vista hehe. Eu não sou muito de jogar, só jogo The Sims, por isso não conhecia o jogo.
Prefácio
Eu não tenho Playstation, mas a vontade de jogar The Last of Us não me falta, haha. Até vibrei quando vi a propaganda da segunda parte do jogo, sendo que eu não joguei nem a primeira ainda, hahaha.
ResponderExcluirPelo seu texto, acho que Joel foi vilão ao fazer a escolha final, porém, sabemos que isso é só uma jogada de marketing para que o jogo continuasse numa segunda parte. Com uma cura, o jogo e a história toda teria um fim. Né non?!
Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥