Resenha: The Legend of Korra - Turf Wars

Título: Legend of Korra - Turf Wars (Library Edition)
Roteiro: Bryan Konietzko e Michael DiMartino
Ilustrações: Irene Koh Coloração: Viviane Ng
Editora Dark Horse Comics
Páginas: 240

Sinopse: Apreciando seu novo relacionamento, Korra e Asami deixam o mundo espiritual… Mas encontram em Cidade República altas travessuras políticas e o conflito humanos vs. espíritos!
Um empreendedor pomposo planeja transformar o novo portal espiritual em um parque de diversões, cortando potencialmente uma conexão já tumultuada com os espíritos. Além disso, as tríades se realinharam e estão em uma briga brutal em todas as fronteiras da cidade – onde centenas de evacuados se mudaram!

ESSA RESENHA CONTÉM SPOILER DO FINAL DE A LENDA DE KORRA

The Legend of Korra: Turf Wars ou A Lenda de Korra Guerras Territoriais em sua edição Library Edition é capa dura com a junção das três edições de Turf Wars lançadas com várias extras com alguns comentários do Bryan e storyboards.

A história é toda em inglês já que ainda não trouxeram a tradução para o Brasil.

A história em quadrinhos se inicia exatamente na cena na qual terminou a animação, Korra e Asami entraram no portal do mundo espiritual para passarem um tempo de férias juntas. Enquanto, se divertem e descansam elas também discutem a situação do relacionamento, o sentimento de ambas surgiu durante uma época complicada e elas não tiveram tempo de realmente conversar sobre como estavam se sentindo.


Com o final das férias e de volta à Cidade República, um empresário muito rico e dono das terras na qual o novo portal está instalado anuncia que quer transformar aquele local em um centro turístico de visita ao mundo dos espíritos. O desentendimento de espíritos e humanos sempre aconteceu e com esse evento é estimulado ainda mais esse conflito.

A bagunça deixada por Kuvira pede que a cidade precise de organização para população, moradia e várias restituições o que leva vários personagens trabalharem juntos para ajudar, principalmente Asami e Zhu Li na questão de empreendimentos e os dobradores de ar na proteção. Enquanto isso, o presidente Raiko está investindo pesado na população para garantir sua reeleição e não se preocupando realmente em resolver problemas e garantir bem estar.

Guerras de Tríades também começam a surgir em vários pontos em meio a bagunça da organização da cidade e um deles Tokuga, se torna o vilão dessa edição. Ele está entre o conflito das tríades, conflito político e conflito com o mundo dos espíritos.

Fica para Korra mais uma vez restabelecer a paz, enquanto lida com seu novo relacionamento e seus deveres como avatar.

Vanessa Oliveira
Instagram: @nessagsr

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Leia mulheres negras

Hoje, 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra, uma data que faz referência a morte de um dos líderes mais importantes na história do Brasil, Zumbi dos Palmares. Ele lutou por muitos anos contra a escravidão e protegia o seu povo de fazendeiros escravistas. A importância dessa data vai muito além de parabenizar o amigo negro pelo seu dia, mas ela nos lembra de resistência e que a luta ainda não acabou. Infelizmente, no século XXI ainda temos que lidar com o racismo, crime inafiançável. 

Esta data é para lembrar dos nossos antepassados e que a luta deles não foi em vão, ainda estamos aqui, tentando sobreviver em meio ao genocídio cometido pelo Estado, em meio a marginalização e exclusão do povo negro. Ainda estamos aqui tentando lutar contra o racismo velado que se expressa através de um olhar, de uma piada e da falta de oportunidade. Ainda estamos aqui, resistindo. 

Eu como mulher negra e com amigos negros, não poderia deixar de lembrar que resistimos, não só no dia a dia, mas também através da cultura, e principalmente, através da literatura. 

Quantos autores negros você leu este ano? Quantas mulheres negras que escrevem você prestigiou este ano? Quero deixar aqui algumas das minhas leituras de 2019 que refletiram muito na minha consciência como mulher negra. Portanto hoje, eu gostaria de deixar apenas um recado: leia mulheres, leia mulheres negras! 

1 - Talvez precisemos de um nome para isso – Stephanie Borges 
O imaginário estético da sociedade como forma de opressão da mulher negra, é o fio condutor do poema de Stephanie Borges, perpassado por narrativas sagradas, memórias pessoais, trechos de músicas e críticas ao que chama de "eufemismo do mercado". O longo poema é dividido em dez partes, para além do lirismo convencional, com uma linguagem cortante e direta. A autora transcende o debate sobre beleza e identidade, mergulha no já banalizado tema do empoderamento feminino negro, e propõe às mulheres uma autoanálise sobre a construção da própria imagem. 


2 - Quem tem medo do feminismo negro? – Djamila Ribeiro 
Um livro essencial e urgente, pois enquanto mulheres negras seguirem sendo alvo de constantes ataques, a humanidade toda corre perigo. Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de "silenciamento", processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro, Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante. Muitos textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como Simone de Beauvoir.

3 - Sejamos Todos Feministas – Chimamanda Ngozi Adichie 
"Provavelmente o livro mais importante do ano." The Telegraph "Peco-vos que sonhem e planeiem um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens e mulheres mais felizes, mais fieis a si mesmos. E e assim que devemos comecar: precisamos de criar as nossas filhas de uma maneira diferente. Tambem precisamos de criar os nossos filhos de uma maneira diferente." O que e que o feminismo significa hoje em dia? Neste ensaio pessoal - adaptado de uma conferencia TED - Chimamanda Ngozi Adichie apresenta uma definic?o unica do feminismo no seculo XXI. A escritora parte da sua experiencia pessoal para defender a inclus?o e a consciencia nesta admiravel explorac?o sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje. Um desafio lancado a mulheres e homens, porque todos devemos ser feministas.

4 - As Lendas de Dandara – Jarid Arraes 
Na sociedade do período do açúcar, a casa-grande era a residência do senhor de engenho. Seu conforto contrastava de modo gritante com a miséria e as péssimas condições de higiene das senzalas, onde moravam os escravos. O tratamento dado a eles era cruel, envolvendo castigos sangrentos, ataques sexuais e dolorosas explorações físicas e mentais. Afinal, eles não passavam de semoventes - criaturas que se moviam por si, como os cavalos, as vacas e os cachorros da fazenda. E que podiam ser vendidos, trocados, emprestados ou doados, como qualquer outro animal na posse do senhor branco. É contra essa estrutura odiosa que se ergue Dandara dos Palmares, guerreira e companheira de Zumbi, que luta à frente das formações de palmarinos dispostos a reconquistar a liberdade de a dignidade para si e para seus irmãos escravizados. "As lendas de Dandara" é um romance que busca preencher lacunas de uma história do Brasil que nunca foi bem contada.

5 - Quarto de Despejo – diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus
Resenha em breve
O livro reproduz o diário de Carolina de Jesus, em que ela narra o seu dia a dia nas comunidades pobres da cidade de São Paulo. Em seu relato, ela descreve a dor, o sofrimento, a fome e as angústias dos favelados. Seu texto é considerado um dos marcos da escrita feminina no Brasil.



6 - O ódio que você semeia - Angie Thomas
1º lugar na lista do New York Times. Uma história juvenil repleta de choques de realidade. Um livro contra o racismo em tempos tão cruéis e extremos Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial. Não faça movimentos bruscos. Deixe sempre as mãos à mostra. Só fale quando te perguntarem algo. Seja obediente. Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto. Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início. Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa. Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. Este é um livro que não se pode ignorar.

Bruna Domingos
Instagram: @brunadominngos

Resenha: Um pouco sobre a vida e pensamentos de Letícia

Título: Um pouco sobre a vida e os pensamentos de Letícia 
Autora: Letícia Guimarães Dias
Editora 4Keys (fictícia)
Páginas: 21

Um pouco sobre a vida e pensamentos de Letícia é um pequeno livro escrito pela própria menina do título, Letícia Guimarães Dias. Ela tem 14 anos e mora no interior de São Paulo, muito orgulho de dizer que é minha conterrânea. Letícia gosta de ler livros, escrever e ficar sempre atenta com as novidades do mundo, para que possa pensar em novas formas de transformação. Mas ela não só escreveu um livro, como também tem um canal no Youtube chamado “Opa, meu bem!”.

Em sua contracapa Letícia declara: “uma das coisas que mais me inspira a escrever um texto, são os pensamentos das pessoas. Elas fazem com que seus diferentes pensamentos me transmita diferentes formas de expressar”. Logo de cara já nos deparamos com uma mentalidade madura para uma menina que ainda está começando a entender a vida e o seu papel como ser humano. Muitas vezes nem nós, já grandinhos, entendemos muito o que temos e como fazer as coisas.

Neste livro, Letícia escreve sobre ela, sua família, sobre mudanças, o tempo, amor próprio e ainda usa da linguagem conotativa para expressar o que entende sobre amor e cuidado.

“Para que um colar permaneça intacto, sem nenhum risco, nenhum rompimento, nós temos que ter muito carinho (...) O amor é igual. Existem pessoas diferentes (...) Mas independente das coisas que difere cada pessoa, você deve cuidar dela, para que ela permaneça intacta na sua vida”.

No primeiro texto do livro, Letícia fala um pouco sobre a sua convivência com as pessoas. Eu achei incrível como ela conseguiu colocar nas palavras, sem receio do leitor, o que sentia quando sua irmã puxava sua orelha. O que Letícia sentia era consequência de não entender ainda sobre o convívio. Às vezes, as broncas que levamos e que nos deixa fervendo de ódio do mundo, nos molda a ser quem somos hoje. Ela aprendeu, desde cedo, a aceitar as coisas como elas são (coisas que não dá mais para mudar, no caso) e aprendeu a erguer a cabeça quando o coração apertar.

“Seria o sentimento de gratidão por tudo que ela já fez até hoje também. Porque sempre que brigamos, eu percebo o quão importante ela é para mim e para a minha vida. A companhia dela é essencial para mim, como a companhia de todos os outros familiares”.

A escrita da autora ainda precisa amadurecer em diversos pontos, mas essa não é a questão, pois o amadurecimento vem com o tempo e a Letícia está, definitivamente, no caminho certo. Com a leitura, eu senti que estava lendo um diário e eu adoro leituras leves assim.

Eu não encontrei uma loja virtual que esteja vendendo este livro, o meu contato com ele ocorreu através do meu tio que conheceu a Letícia e me mostrou. Quando moramos em uma cidade pequena, esses talentos são uma maravilha de encontrar e compartilhar. Então, vou deixar os links das redes sociais de Letícia.

Se puder leia e dê uma força, que ela possa continuar batalhando pelos seus sonhos e realizar cada um.
Conheça o canal:




Bruna Domingos
Instagram: @brunadominngos

Livraria do Senado: livros de graça para pesquisa e estudo


Sabemos que não está fácil para ninguém, não é mesmo? Rodando por essa internet eu descobri que há um tempo o site Livraria do Senado Federal disponibiliza livro de graça para qualquer pessoa, isso mesmo, livro DE GRAÇA para a população brasileira. São exemplares da nossa constituição entre outros livros históricos e relacionados a legislação. Esse tipo de conteúdo é muito importante para pessoas que querem prestar concurso público ou até mesmo precisa de uma pesquisa mais aprofundada para uma matéria da faculdade. 

E mesmo que você não esteja realizando nenhum dos dois, são tempos sombrios em nosso país, acredito que seja importante estarmos sempre cientes das nossas leis e direitos como cidadãos brasileiros. Compartilhem essa dica com os amigos que precisam ou até mesmo não saiba. 

O site tem ferramentas para que o internauta entre em contato com os responsáveis pela livraria para tirar dúvidas, mandar sugestões ou apresentar reclamações. 

Como fazer? 

1- Entre no site https://livraria.senado.leg.br/

2- Cadastre-se e crie um perfil para que você possa ter acesso aos livros; 

3- Agora é só procurar pelo seu exemplar e clicar no “baixar grátis”. 

Você também tem a opção de comprar os livros físicos, se assim preferir, até porque alguns não estão disponíveis para pegar de graça. Mas os valores não são exorbitantes, se for muito necessário para você, vale a pena comprar.

Bruna Domingos
Instagram: @brunadominngos