6 casais que shippamos e não ficaram juntos

De acordo com o dicionário popular (sim, isso existe), shippar é uma gíria usada para representar a torcida de um fã pela união de dois personagens ou pessoas. O ato de shippar é o mesmo que manifestar o seu desejo por ver esses respectivos indivíduos em um relacionamento amoroso.

A palavra vem de relationship, que significa relacionamento em inglês, surgiu em 1970 com a série Star Trek na qual os fãs torciam por Kirk e Spock. Mas foi apenas com Arquivo X que tudo ficou em bases firmes e o termo viralizou pelo mundo e se tornou até verbo com a torcida para formação do casal Fox Mulder e Dana Scully

Há várias classificações para os shipps como "slash" (casal formado por personagens masculinos), "femlash" (casal formado por personagens femininas), "canon ship" (o casal oficial) e o "cult ship" (aquele que nunca se formou).

Aposto que existe vários casais na qual você shippou e nunca aconteceu, certo? Aquele que você olhou, torceu e o escritor, produtor, diretor deixou só como amigos ou mesmo afirmou várias vezes que não existia nada ali e você gastou todo o seu tempo vendo fanarts, vídeos no youtube e lendo fanfics. Ou pior ainda, eles foram casal por um tempo e depois terminaram e ficaram com outros personagens porque estavam destinados aqueles personagens.

No fim, seu casal nunca ficou junto e você ficou triste. Algumas pessoas ficam revoltadas (existe briga de shipp real, principalmente no twitter).

Então aqui vai uma breve lista de shipps que torci e não aconteceu.

Zuko e Katara - Avatar: The Last Airbender

No último episódio da segunda temporada, Katara e Zuko ficam presos no mesmo lugar e Zuko está questionando suas decisões, temos ali a primeira interação que mostra a química dos dois e como Katara estava disposta ajudar. Infelizmente, Zuko toma a decisão errada e depois é lembrado disso no seu caminho para redenção ao treinar Aang e ajudar seus amigos.
A amizade, confiança e o próprio sacrifício de Zuko por Katara até os últimos momentos do desenho me fizeram shippar muito.
Mas Katara já estava destinada e acreditava em Aang, enquanto Zuko estava resolvendo seu relacionamento com sua amiga de infância Mai.

Oliver e Laurel - Arrow

O relacionamento de Oliver e Laurel foi totalmente conturbado e com a torcida do shipp de Oliver e Felicity, os dois acabaram não continuando o que foi iniciado na primeira temporada. Laurel teve que lhe dar com vários conflitos e Oliver também não trabalhou bem o que afastou ambos. No fim, ela conseguiu se recuperar numa personagem extraordinária mal aproveitada na série e Oliver continuou sua jornada ao lado de seu novo par romântico.

Harry e Hermione - Harry Potter

No primeiro livro, comecei imaginar que Harry e Hermione poderiam desenvolver alguma coisa no futuro e quanto mais avançava na leitura mais torcia para os dois se tornarem um casal, mas não aconteceu. A autora preferiu que Harry e Gina começassem entender seus sentimentos e Hermione e Rony também.
O que era meu grande shipp ficou numa grande amizade.

Amberle e Eretria - Shannara Chronicles

Amberle e Eretria são apaixonadas pelo mesmo cara. No começo era isso. Mas aconteceu o problema da química, Eretria é bissexual e ela não perdeu muitos momentos em flertar abertamente com Amberle que respondia. Nas várias entrevistas das atrizes, as duas diziam que as vezes elas estavam com Will e as vezes elas estavam entre elas. Eretria estava interessada e ela deixou claro que se importava por vários momentos mesmo as duas estando numa jornada perigosa. Eretria aceitou que perdeu Will, mas também aceitou que faria isso por Amberle e Amberle se importava também. No fim, nenhuma das duas ficou entre elas, nem com Will. O shipp não funcionou para nenhum lado pessoal.

Danny e Joy - Iron Fist

Só para constar antes dos julgamentos, não sou a única pessoa que shippou. Verdade, tem vídeos no youtube. Punho de Ferro seguiu os quadrinhos e claro que Danny ficou com sua parceira Colleen, mas na primeira temporada os contatos, os olhares.

Joy foi a primeira a acreditar em Danny e lutar para ele recuperar seu espaço na empresa e na família, ela jantou com ele, recuperou memórias e teve aquela atenção toda que me fez shippar na hora. Nunca iria acontecer, mas nada impede de shippar, né?

Felicity e Noel - Felicity

17 anos se passaram e ainda não consegui superar o fato que Felicity não escolheu Noel. Entre os dois pares românticos do seriado na qual Felicity sempre teve dúvidas, Noel me parecia o cara óbvio. Ele era engraçado, gentil, fofo e tudo que você queria ver num rapaz em 1998 ao ligar a televisão ou 2002 se está fazendo os cálculos do 17 anos que foi quando a série terminou.

Ela chega perceber várias vezes que Noel seria seu cara ideal, mas ela foi escrita para ficar com Ben e é com Ben que ela termina. Muito triste para meu coração shipp.




E vocês? Concordam, discordam da minha lista? Tem algum para acrescentar?
Me conta nos comentários!

Vanessa de Oliveira

Visibilidade Bissexual: 3 Representações na Cultura Pop


No dia 23 de setembro foi comemorado o Dia da Visibilidade Bissexual. Esta é uma questão que começou ser discutida mais recentemente por várias razões, a visibilidade LGBTIQ+ cresceu, e muito. Dentro da própria comunidade existe um certo preconceito relacionado a bissexualidade, para muitos é apenas mais um passo de transição para a homossexualidade ou heterossexualidade. Fora da comunidade, isso nem é discutido. Dentro da mídia o assunto também tem seus problemas de representação, como aconteceu com Marissa de The OC, que foi considerada um hétero que teve apenas uma fase. 

Um ótimo exemplo de personagem que tem uma excelente representação, sem a fase de descoberta e sem as complicações que tanto permeiam a mente de alguns é Rosa Diaz de Brooklyn Nine-Nine. Para comemorar esta data, resolvi indicar três mídias diferentes com protagonistas bissexuais.

Literatura - Rainhas Geek

Misture toda cultura geek, com um daqueles eventos como Comic Con, duas paixões, problemas com a fama. Descoberta do amor próprio, vários momentos de alegria, enfrentando padrões de sociedade e temos aí Rainhas Geek. O livro é muito divertido e tenho certeza que vão gostar. 

Sinopse: Charlie é youtuber, atriz, bissexual... E uma das atrações principais da SupaCon, a convenção de cultura pop mais famosa do mundo. Essa é sua chance de mostrar aos fãs que superou seu término público com o ex-namorado – e coestrela de seu último filme – Reese Ryan. O reencontro de Charlie e Reese deixa o clima pesado, mas quando a it girl Alyssa Huntington aparece como convidada surpresa no evento, o que Charlie pensava ser apenas um crush de internet se mostra muito real.
Melhor amiga de Charlie, Taylor quer ser invisível. Seu cérebro parece estar programado para funcionar de maneira diferente das outras pessoas e ela gosta de rotina e estabilidade. A única mudança que ela quer em sua vida é no status de sua amizade com Jamie, o que ela sabe que nunca acontecerá. Mas, ao ouvir sobre um concurso de cosplay de seu fandom favorito, Taylor começa a repensar até onde vai seu medo de se destacar.


Seriado - The 100

O mundo acabou. Eles voltaram para Terra. Quando você precisa sobreviver, se importar com a sexualidade é uma coisa que não tem importância. Em The 100, os personagens não falam sobre sexualidade, eles não pensam nisso. Esse conceito todo foi destruído, você gosta de alguém e acabou. É natural. Nesse mundo, a protagonista Clarke Griffin (já escrevi sobre a importância dela como personagem feminina aqui.) é bissexual.

Clarke também se destaca sendo a primeira personagem bissexual na TV aberta americana.

Sinopse: Noventa e sete anos após uma guerra mundial nuclear, a raça humana está vivendo no espaço. Cem delinquentes juvenis são enviados à Terra para ver se o planeta está em condições de ser habitado novamente.


Animação - A Lenda de Korra

Korra é a protagonista dessa animação e entre sua jornada de aprendizado para se tornar o avatar, ela vive um romance com Mako e depois aos poucos a amizade entre ela e Asami vai se tornando algo mais e as duas terminam juntas.

A Lenda de Korra teve seu primeiro episódio em 2012 e o último em 2014 pela Nickelodeon que apesar das restrições e não ter deixado nada explicito como um beijo durante o desenho ser exibido, foi o primeiro desenho a ter um casal do mesmo sexo. Logo depois, vieram Hora de Aventura, Steven Universe, entre outros.
Os criadores confirmaram o relacionamento e nas continuações em quadrinhos oficial as duas são um casal.

Sinopse: A Lenda de Korra (The Legend of Korra) é uma série animada de televisão americana ambientada no universo Avatar, como uma sequência para Avatar: o Último Dominador de Ar (Avatar: The Last Airbender).  
A série começa setenta anos depois com novos personagens e cenários. A protagonista, Korra, o Avatar depois de Aang, é uma jovem rebelde e de cabeça quente da Tribo da Água do Sul, que está “pronta para enfrentar o mundo”. A série segue Korra enfrentando desafios difíceis, deveres e responsabilidades que vêm sendo o Avatar.

Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr

Lançamentos do mês de setembro da Editora NewPop


A editora NewPop tem se consolidado no mercado com sua diversidade cultural e de mídia, desde os vários gêneros de mangás e até sua principal light novels. Ela anunciou algum tempo duas novels e ambas entraram em pré-venda: Napping Princess e Lu Over The Wall. Para esse mês ela também anunciou o próximo volume de um dos título mais vendido da editora Made in Abyss.

As light novels estão completa e são uma ótima dica para quem quer iniciar a leitura desse tipo de gênero literário.

Napping Princess: A Minha História que eu Não Conhecia


 Napping Princess

Sinopse: Kokone Morikawa anda tendo sonhos estranhos ultimamente, sobre um reino chamado Heartland, onde ela é uma princesa chamada Ancien que possui talentos mágicos proibidos naquela sociedade que valoriza a tecnologia. Mas quando o mundo real e seus sonhos começam a se entrelaçar, ela se vê no meio de uma intriga em ambos os mundos e parte em busca de respostas, sobre seus sonhos, sobre seu pai e sobre si mesma. Do diretor Kenji Kamiyama, chega o romance que originou o anime de sucesso, pré-indicado para o Oscar na categoria de animação!

Autor: Kenji Kamiyama
Formato: 10,6 x 14,8 cm, 248 páginas – Papel Polén Soft – Capa Cartonada
Preço: R$ 26,90
Previsão de lançamento: 25/09
Garanta na pré-venda com 15% de desconto clicando aqui!


Lu Over The Wall

 Lu Over The Wall

Sinopse: Kai vive numa cidadezinha pesqueira com seu pai e seu avô supersticioso que sempre o alertava dos perigos da água e seus habitantes sereias. Por causa disso, sua família não trabalha mais no mar, nem sabem nadar, e são conhecidos como pescadores da terra. Um dia, desafiando as ordens do velho, Kai sai de barco com amigos da banda e acabam testemunhando atividade ilegais e sendo confrontados pelos criminosos. Nesse momento, surge Lu, uma sereia amigável e animada que afugenta os homens e ajuda os garotos. Logo Lu se une à banda, mas seus dias de paz e diversão são ameaçados quando ela é descoberta.

Autor: Senya Mihagi e Masaaki Yuasa
Formato: 12,8 x 18,2 cm, 272 páginas – Papel Polén Soft – Capa Cartonada
Preço: R$ 29,90
Previsão de lançamento: 25/09
Garanta na pré-venda com 15% de desconto clicando aqui!


Made in Abyss - Volume 5

 Made in Abyss - Volume 5

Sinopse: Riko ficou em estado gravíssimo de coma depois de ser contaminada pelo veneno do Tamaugachi, porém, graças aos cuidados de Reg e Nanachi, ela conseguiu se recuperar. Com isso, os três se recompõem no esconderijo de Nanachi e se preparam para enfrentarem a próxima camada de profundidade, que será uma aventura ainda mais árdua. E assim, chegando na entrada da sexta camada de profundidade, em Id Front, os três conhecem uma menina chamada Prushka, a filha de Bondrewd, inimigo mortal de Nanachi!

Autor: Akihito Tsukushi
Formato: 15 x 21 cm, 168 páginas – Papel Off-set – Capa Cartonada
Preço: R$ 21,90
Previsão de lançamento: 25/09
Garanta na pré-venda com 15% de desconto clicando aqui!

Vanessa de Oliveira
Instagram: @nessagsr

Questão de Tempo: aproveite esse passeio maravilhoso!

O que você faria se tivesse o poder de voltar no tempo? Assim que completa 21 anos, Tim Lake (Domhnall Gleeson) descobre que os homens da sua família tem esse dom, e como ele vai lidar com isso é uma das maiores lições do filme Questão de Tempo. 


Com uma típica família inglesa, Tim vive no interior do país, rodeado de paisagens montanhosas e muito verde. Ao se descobrir de uma linhagem de viajantes do tempo, ele recebe um conselho importante do pai: usar este dom para mudar a própria vida de forma significativa e que não caia na tentação de enriquecer, pois isso não traria felicidade no final das contas. A partir daí, Tim volta em algumas situações apenas para consertar momentos constrangedores. 

Enfim, chega a hora em que ele se muda para Londres em busca de um futuro promissor na área de advocacia. Depois de seis meses vivendo uma rotina de trabalho, casa, trabalho e casa, Tim topa participar de um encontro às escuras. É quando ele conhece Mary (Rachel McAdams), uma mulher incrível por quem se apaixona e sofrerá alguns dilemas. Ele volta no tempo para melhorar alguns finais, porém estas mudanças podem fazer com que alguns momentos se apaguem da linha do tempo e ao invés de ter que consertar apenas uma coisa, ele precisa correr atrás de duas. 

É possível analisar junto com o personagem se vale a pena mudar o passado para consertar o presente ou se devemos viver cada momento como se fosse o último. A mensagem é clara, não adianta consertar tudo, as grandes coisas que acontecem nas nossas vidas devem ser vividas, sendo elas boas ou ruins. Há uma parte do filme em que Tim muda algo significativo para salvar a sua irmã, as consequências não são legais, pois detalhes importantes da vida dele são apagados. 

As experiências são importantes para o nosso amadurecimento, e quanto as escolhas erradas, temos que aprender com elas. Clichê, não é? Mas sempre queremos mudar tudo, fazer diferente, quando na verdade só temos que viver, amar, dizer que ama e respirar fundo. 


Não quero entregar todos os pontos deste filme, mas há uma cena em que Tim vive o mesmo dia duas vezes. Eu fiquei refletindo em como seria legal reviver um dia com o olhar mais positivo. É aí que está o ponto chave, quando o nosso problema é só o mal humor, é possível enxergar a vida por outro ângulo. 

About Time, ou Questão de Tempo no Brasil, tem direção e roteiro de Richard Curtis que também é conhecido pelos filmes Quatro Casamentos e Um Funeral e Cavalo de Guerra. Os ambientes e o figurino dos personagens são simples, mas com um forte estereótipo europeu. Aqui eu destaco o casamento do Tim e Mary, a cena da chuva é maravilhosa e uma das minhas partes favoritas. As minúcias passam a mensagem de que até as coisas que dão “errado” estão certas. 

"Tudo que temos que fazer é aproveitar esse passeio maravilhoso"


Bruna Domingos
Instagram: @brunadominngos

Resenha: Primeiro e Único


Título: Primeiro e Único
Autora: Emily Giffin
Editora Novo Conceito
Páginas: 448

Sinopse:
Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.

Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.



Minha Opinião: Você teria coragem de mudar agora? Será que é tarde demais? Largaria tudo para descobrir? Alguma vez parou para pensar que na sua vida ainda não seguiu nenhum sonho? Vai continuar assim ou fazer alguma coisa?

A trama do livro Primeiro e Único traz uma protagonista que ama futebol americano. E quando digo ama não é apenas gostar. Ela literalmente vive, come e respira futebol, sua vida gira em torno do futebol americano, seu emprego também é sobre isso e quando ela entra em qualquer lugar seu assunto principal é futebol americano.

Essa pequena paixão é um dos fatores que cria identificação e carinho pela protagonista, mesmo que você não entenda nada sobre o esporte irá se identificar pela paixão por algo que rege ou regeu sua vida. Shea, a protagonista, nutre uma paixão pelo time universitário Walker e durante várias partes do livro, ela explica como nasceu e cresceu todo esse amor pelo esporte.

A trama se inicia num velório da mãe da sua melhor amiga, Lucy, nesse exato momento enquanto ela encara o luto também passa a questionar algumas escolhas que ela fez na vida e se em algum momento ela teria coragem de abrir mão do conhecido para entrar num mundo desconhecido. E assim com um empurrão da sua amiga Lucy e o treinador da Walker, Clive Carr (pai da Lucy), ela decide terminar seu namoro estável, mas não feliz e se arriscar num novo emprego.

Quando então se coloca na frente de tudo e todos para abrir as portas da felicidade, Shea descobre um novo mundo cheio de possibilidades e escolhas e mais ainda descobre que a mudança pode ser a chave para o seu amor.

Emily Giffin traz em seu livro um toque especial, os personagens são bem construídos, os dramas são plausíveis e acima disso o tom de humanidade em seus personagens faz toda a diferença. É impossível terminar esse livro e dizer que não gostou, você pode ficar perdido com as regras do futebol americano, odiar um personagem ou outro, mas nunca dizer que não gostou.

Há várias facetas por trás da trama com questionamentos reais, paixões reais e como diz a capa do livro: "Mais importante do que ganhar ou perder é saber a hora certa de jogar". Talvez, seja essa a coisa engraçada da vida, perdemos o jogo ou ganhamos o jogo, mas a hora certa de jogar é sempre a surpresa que abrirá aquela porta.

Manter a vida aberta para os sonhos e as opções é talvez a maior mensagem da autora, numa história arrebatadora sobre a vida, o amor e a lealdade.

Vanessa de Oliveira