No livro Razão e Sensibilidade, Jane Austen nos traz a história da famÃlia Dashwood, especificamente das irmãs Elinor (razão) e Marianne (sensibilidade).

TÃtulo: Razão e Sensibilidade
Autora: Jane Austen
Editora Lafonte
Páginas: 270
"A senhora John Dashwood não aprovava de forma alguma o que o marido pretendia fazer para suas irmãs. Tirar três mil libras da fortuna de seu querido menino seria empobrecê-lo até o mais tenebroso grau".
Decidida a não ficar dependente do afilhado, a senhora Dashwood aceita uma proposta de John Middleton, um primo distante, de se mudar para Devonshire e morar em um chalé confortável e rodeado de lindas colinas. A partir desse momento, as Dashwood começam a frequentar inúmeros eventos sociais e jantares fartos realizados pela famÃlia Middleton e amigos. Uma das caracterÃsticas bem marcante dos personagens que começam a entrar na história, é sempre o prazer de promover grandes eventos para reunir a comunidade, além de bordar elogios exagerados sobre tudo.
Neste livro, temos certeza de duas coisas: se você não for homem, o futuro não está em suas mãos e se não for rico, não será bem visto. A crÃtica constante de Jane Austen à quela sociedade é percebida através dos diálogos e pela narrativa irônica dos comportamentos dos personagens.
Elinor é uma moça que tem equilÃbrio em suas demonstrações de sentimentos, mas a discrição impede que ela exponha suas conclusões em momentos que talvez fossem necessários. Enquanto Marianne, que é muito expressiva, acaba se magoando.
"Elinor, a filha mais velha, cuja a recomendação fora tão eficaz possuÃa grande força de entendimento e frieza de julgamento, o que a quilificava, apesar de ter somente 19 anos..."
É preciso ter um equilÃbrio, sentir e ter racionalidade para não deixar de viver o que deve ser vivido. Elinor reflete e observa para depois seguir, Marianne permanece impulsiva, não escondendo seus sentimentos de ninguém.
A escrita desse livro me cativou, aprendi novas palavras e consegui fazer alguns parâmetros com a realidade. O machismo e o preconceito não são exclusivos dos tempos atuais e, desde os séculos anteriores, estamos propensos a ser julgados por nossas escolhas. Jane Austen não escreveu um romance meloso e muito menos clichê. Para quem gosta de se aventurar em sentimentos, esta é a minha indicação.