Crítica Comum | Vingadores: Guerra Infinita

Guerra Infinita Vingadores


A reação ao sair do cinema na madrugada deste dia 26 foi apenas uma:
"O que que aconteceu neste filme, meus Deuses? Eu quero ver de novo!"

Sério. Parece reação de fã que grita no cinema (sim, houveram muitos gritos e aplausos durante a sessão), mas o fato é que este filme tem uma longa duração (mais de DUAS HORAS e meia) e ele passou num piscar de olhos. Passei o dia todo digerindo o que eu vi e sinceramente, não há como não aplaudir e ficar entusiasmado.

Eu não sei o que os Irmãos Russo fizeram ali, mas meu irmãozinho... Que espetáculo de amarração entre os fatos, e os fatos em si, alguns completamente inimagináveis partindo de tudo que os trailers ofereceram até a estréia. Eu não sei o que a Marvel tem, mas esse tempero entre instigar muito seu público antes de estrear seus longas dá muito certo. Você tira de cada cena de todos os trailers de Guerra Infinita uma teoria para o que acontecerá no filme e algumas delas não tem como, você não imaginaria nem nos seus melhores sonhos neste longa. Não vou dizer o que acontece para evitar o temido SPOILER a quem está lendo, afinal #ThanosDemandsYourSilence, mas quero destacar aqui a performance e evolução de alguns personagens que eu tenho certeza que você vai ficar boquiaberto:

Thanos, pela construção do drama e motivação do personagem;
Thor, porque SIM, você vai me entender se já tiver assistido;
Homem Aranha, porque véi, esse moleque é f$%#;
E a Feiticeira Escarlate que pra mim foi sensacional em alguns momentos. 

Os demais heróis e vilões estão bem ocupados com seus objetivos, mas nenhum deles foi esquecido ou deixado de escanteio. Todos, até o Groot adolescente, tem seu papel no filme. Todos dão a impressão que são extremamente importantes no combate de todo o caos gerado pelo Thanos. 

As perguntas que eu tinha antes do filme foram todas respondidas de maneira positiva, por isso o hype em torno de Vingadores 3 é alto e muito bem pago no valor do ingresso no cinema. 

- Thanos consegue todas as Jóias do Infinito?
- Onde está a Jóia da Alma? 
- Qual o papel de Wakanda na história?
- A divisão entre os vingadores permanece mesmo com o perigo iminente de Thanos no planeta Terra?

Sim, todas essas questões e muitos fatos que se passam ao longo de vários filmes solo do MCU durante esses 10 anos de Marvel nos cinemas tem um espacinho na tela também. Sem deixar de lado o humor que cada vez diminui à medida que os fatos sérios vão acontecendo no filme.

Um último aviso, prepare uns lenços porque há mortes. E há apenas uma cena pós créditos, no final de todos os créditos do filme, que é a chave de Vingadores 4 e que vai dar muito pano pra manga. 

Vingadores: Guerra Infinita será um marco no Universo Cinematográfico da Marvel por culminar no fim e começo de uma nova fase que apresentará novos heróis intergaláticos e evoluções de personagens já consagrados. Mal posso esperar pelos próximos filmes!


Fabrício Lopes
Instagram: @Fabrsim

[SORTEIO] Parperboy, de Pete Dexter


Olá, leitores! Vocês sabem que estamos na semana do livro, certo? Pois bem, em homenagem vamos sortear o livro Paperboy, de Pete Dexter. Para participar é bem simples, confira:

Regras
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O sorteio será no dia 13 de maio, então preencha o formulário até o dia 12/05.



Resultado da Promoção AQUI

Sinopse: Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami - o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James. As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.

Resenha: Uma chance para recomeçar

Título: Uma chance para recomeçar
Autor: Lisa Kleypas
Páginas: 174
Editora Novo Conceito
Edição: 1ª

Uma chance para recomeçar narra a história de Mark Nolan, que após perder a irmã, Victoria, em um grave acidente, recebe a missão de criar a sobrinha Holly. Mas Mark não está sozinho, apesar de ser o tutor da menina, ele conta com a ajuda de seu irmão, Sam Nolan. O trauma de perder a mãe deixou algumas sequelas em Holly, além de ser uma criança introvertida, depois do acidente ela nunca mais pronunciou uma palavra. Isso deixou seus tios preocupados, pois não sabiam o que fazer para ter uma interação melhor com ela.

“Desde que haviam lhe falado da morte da mãe, Holly se manteve em silêncio,
respondendo às perguntas com um gesto de cabeça.
Tinha uma expressão distante e entorpecida, parecendo ter se recolhido
num mundo interior que ninguém podia invadir”, pg 16.

Em um de seus passeios com Holly pela ilha onde vivem, Friday Harbor, Mark conhece Maggie Conroy, uma mulher meiga e que mesmo com a perda do marido continuou acreditando em magia e nas coisas boas que a vida tem para oferecer. Porém, seu coração ficou fechado para o amor, pois sente o medo de passar pelo sofrimento da perda novamente.

Maggie tem uma loja de brinquedos, isso ajudou bastante em sua interação com Holly, que criou um apego especial a ela após ouvir sua história sobre fadas. A partir daí, a vida desses personagens começa a mudar. Tudo que Mark quer é que sua sobrinha recomece sua vida e sinta que, mesmo sem a mãe, ela tem uma família que a ama. E tudo que a pequena Holly quer é que o Papai Noel lhe dê apenas um presente.

“Querido Papai Noel, eu só quero uma coisa este ano.Uma mãe.
Por favor, não esqueça que eu moro em Friday Harbor agora. Obrigada.
Com amor, Holly”, pg 51.

A história se desenvolve em clima de Ação de Graças e Natal. Lisa Kleypas tem uma escrita muito leve, deixou a leitura ainda mais fácil. Apesar dos acontecimentos previsíveis, o toque de doçura não se perdeu no decorrer da narração. É importante não criar grandes expectativas, pois é um livro para ler em um fim de semana, sem muitas exigências.

Através deste livro é possível entender que podemos reescrever nosso destino, mesmo tendo que lidar com o inevitável. Aquele buraquinho que deixa nosso coração vazio pode ser o caminho de um recomeço. É uma mensagem muito óbvia, mas de tão óbvia, sempre é esquecida nos momentos difíceis. Livros como esse, simples e com mensagens clichês, são importantes para nos lembrar de que a vida é cheia de surpresas.

Outro ponto importante tocado por Lisa em seu livro, é sobre a união familiar. Se Mark não tivesse entendido a necessidade de apoio que a Holly teve, provavelmente sua superação seria mais difícil. Se Maggie não tivesse o apoio de sua família e amigos, sua chance para recomeçar não teria sido a mesma. Portanto, fica claro que quando temos o apoio de quem amamos, quando somos incentivados a fortalecer nossas fraquezas, tudo fica mais fácil. Dias bons e dias ruins virão, é fato, mas o foco tem que estar em viver um dia de cada vez como se fosse único. Por mais difícil que seja, é aí que está a magia.

Bruna Domingos

Batman, Liga da Justiça e a Humanidade


Eu assisti Liga da Justiça duas vezes no cinema e embora tenha passado um tempo desde o lançamento e ele melhorou um pouco no meu cérebro, o filme ainda não consegue me agradar por completo. E esse pode ser assunto para outro texto.

Batman (Ben Affleck) e Superman (Henry Cavill) são dois opostos sempre bem representados com luz e trevas. No filme anterior, Batman v Superman: A Origem da Justiça o oposto entre esses personagens foi explorado nos pôsteres, nas atitudes e nas falas de Lex Luthor (Jesse Eisenberg) que evidenciavam a distância das personalidade de Clark Kent e Bruce Wayne.

Enquanto Superman é um personagem conhecido por ser altruísta, Batman agiu por entre as sombras motivado por sua angústia e tristeza durante toda sua vida desde a morte dos pais.

O mais interessante desses dois pontos de vistas é que, o próprio Bruce Wayne teve que reconhecer a perda de sua humanidade em um determinado ponto do filme Liga da Justiça em seu diálogo com Diana Prince (Gal Gadot).

"Ele é mais humano que eu. Ele veio para Terra conseguiu um emprego, se apaixonou."

Eis aí que Bruce Wayne abre as portas para várias questões, não só para o personagem Superman, mas para o que nos torna humanos. A capacidade de amar que o ser humano tem já foi estabelecida em tantos textos que não me apetece entrar nesse mérito.

Nós chegamos a vida prontos ou pensamos que estamos prontos para encarar os desafios que temos pela frente. Vamos a escola, fazemos amigos, nos decepcionamos, erramos, perdoamos, amamos e entramos num ciclo infinito de aprendizagem, acertos e erros. Esses elementos compõem a capacidade humana de distinguir coisas e a capacidade de experimentar sentimentos.

Estamos todos em uma jornada procurando dar sentido à total falta de sentido que é viver e passamos a nos preocupar com coisas banais para aprender a sobreviver, aprender a viver por viver.

Se essas experiências é o que nos torna humanos, por que estamos tão preocupados em negá-las na nossa vida?

O emprego é difícil, amar é difícil, mas isso nos torna humanos. Experiências pessoais nos tornam quem nós somos e o que podemos ser.

Batman reconheceu a humanidade que ele perdeu há muito tempo em um alienígena, e isso nos faz questionar se a cada dia os humanos estão perdendo sua humanidade porque escolhe a violência e negar a si mesmos as experiências (amor, esperança, amizade) que nos torna tão humanos.

Vanessa Oliveira

Resenha: O pequeno príncipe

"Os adultos nunca conseguem compreender nada sozinhos, e é cansativo para as crianças ter sempre que explicar as coisas para eles".

Titulo: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Páginas: 129
Editora Geração 
Edição: 6ª

O avião de um piloto sofre uma pane e cai sobre o Saara. Sozinho e sem muitas opções, se vê obrigado a começar o conserto por si só, caso contrário, morreria de sede. Após uma noite dormindo no deserto, eis que surge um menino, o pequeno príncipe, despertando-o com uma doce voz. Para início de conversa, tudo que ele quer é que o piloto faça alguns desenhos e explique alguns dos seus diversos questionamentos. A partir daí, começamos a entender melhor a origem dessa criança tão intrigante e curiosa.

"Onde moro ninguém andando sempre em frente pode ir muito longe...", pg 21.

Devido as informações recebidas, o piloto acreditava que o planeta do pequeno príncipe era o Asteroide B612. Mas houve um motivo para este menino ter saído de lá e também uma longa caminhada antes de chegar no planeta Terra.

No Asteroide B612 sempre teve flores que desabrochavam pela manhã e murchavam durante a noite, eram simples e não incomodavam ninguém. Mas um broto diferente havia germinado naquele lugar, e por conta da curiosidade, o príncipe cuidou dela até desabrochar. A flor se tornou um botão belo, tão belo que o pequeno príncipe passou a apreciá-la profundamente. Porém, a falta de modéstia, o orgulho e rudez em vários momentos por parte da flor, fizeram o menino sair de seu planeta e começar uma longa jornada para se ocupar e se instruir.

"Como as flores são complicadas! Mas eu era ainda muito jovem para saber amá-la", pg 45.

Antes de parar na Terra, ele viajou por seis Asteroides: 325, 326, 327, 328, 329 e 330, nesses pequenos lugares ele se encontrou com personagens bastante curiosos e que, de certa forma, refletem nossa realidade. Mas eu vou destacar, o que foi para mim, o melhor momento deste livro. No capitulo XX, o pequeno príncipe se depara com um jardim cheio de rosas, muito idênticas a sua flor, aquela que ele deixou para trás em seu planeta. Naquele momento ele se sentiu muito triste, pois pensava que sua rosa era única.

"Eu me julgava importante por possuir uma flor inigualável. Agora me dou conta de que se trata de uma rosa como outra qualquer", pg 93.

E então aparece uma raposa, personagem que traz uma reflexão muito profunda sobre o sentido do amar e sobre a importância de cativar. A rosa era bela como muitas outras, mas ela cativou o pequeno príncipe, isso a fez única. É como a vida real, quando cativamos ou nos deixamos cativar, criamos uma intimidade, conhecemos melhor quem está perto. Começa a ter uma ansiedade para se aproximar e viver cada momento, e o mais importante: cativar é o que nos diferencia das outras pessoas.

"O essencial é invisível aos olhos", pg 101.

Fascine quem você ama, não deixe o seu lado sensível morrer durante a vida adulta, o amor tem que ser maior que todos os defeitos existentes nesse mundo. Há momentos que precisamos olhar como uma criança e captar que há muito o que sentir e viver durante nossa trajetória. As vezes é bom deixar os números e a exatidão sobre as coisas de lado e brincar, sonhar como uma criança.

Bruna Domingos