Finalmente pude realizar a primeira entrevista do blog e nada mais justo do que fazer isso com a escritora Keila Gon, na qual contribuiu comigo no decorrer de nossa parceria. Nesta entrevista Keila falará um pouco sobre como veio a inspiração para escrever Cores de Outono e como foi suas dificuldades depois que o livro foi lançado. Ela também contará sobre suas influencias literárias e sobre Sombras da Primavera, seu próximo lançamento.
Confira a entrevista na integra:
CL: Algumas pessoas demoram para descobrir o dom da escrita ou
simplesmente não levam muito a sério. Eu gostaria de saber em que momento você
percebeu esse dom, e quando decidiu levar a sério?
Keila Gon: Entender... acho que é isso. Quando entendi que podia
escrever, foi uma surpresa! Nunca imaginei que poderia escrever um livro.
Sério. Sempre gostei de ler, muito! Mas nunca sentei para escrever... e CORES
foi minha primeira aventura no mundo das letras. Decidi levá-lo a sério no momento em que
minha irmã leu... e ficou olhando para minha cara... tipo... “Onde você copiou
isso? Foi você mesmo que escreveu?” Mas é parente... e irmã apoia irmã. Mas
quando outras pessoas deram o mesmo feed back... ai entendi que era possível
publicar a história.
CL: Infelizmente a carreira de escritor não é tão valorizada
aqui no Brasil, e por isso nem todos os escritores tem o apoio necessário para
continuar. Como foi a reação da sua família e amigos quando você decidiu
publicar um livro?
Keila Gon: Não vou negar... muita gente te olha com aquele olhar de
“boa sorte”, mas minha família apoiou sim, torceram por CORES e apoiam... até
hoje.
CL: Creio que quando decidiu publicar “Cores de Outono” você
se preparou para qualquer tipo de opinião que viesse pela frente. Como você
lida com as críticas negativas, você apenas ignora ou as usam para melhorar
algo?
Keila Gon: Acho que o gosto literário algo muito pessoal. Eu não gosto
de drama, por exemplo... tem gente que adora. Gosto de romance, tem gente que
não curte... Não me incomodo. Fico triste quando percebo que a pessoa está
falando sem ler. E dá para saber. Principalmente quando as justificativas são o
oposto da história do livro... GENTE eu conheço os personagens! Ahahhahahhahhah Por isso não ligo não. Mas
quando a crítica é construtiva, fala de como posso melhorar a história, do que
faltou ou do que exagerou aí é legal... Recebo muitos recados e emails sobre
isso e respondo com muito prazer.
Agradecendo e tudo mais. Claro! Critica inteligente ajuda a melhorar! SEMPRE!
CL: Na literatura, o gênero Fantasia está em alta aqui no
Brasil e muitos autores estão se destacando por escrever livros assim. Você
acha que, de alguma forma, isso ajudou no sucesso de “Cores de Outono”?
Keila Gon: Acho que CORES chegou
no momento de expansão da literatura nacional. Tem muitos autores ÓTIMOS
no mercado... Eduardo Spohr, André Vianco e muitos outros... eles incentivam novos autores. Mostrando que
é possível ficção nacional, SIM!
CL: Existe algo que te deixa inspirada para escrever?
Keila Gon: MUSICA! E belas paisagens, cidade ou montanha... adoro as
montanhas... ahhhh.
CL: Sobre “Cores de Outono”, existe algum fato que te
inspirou a escrevê-lo ou a ideia simplesmente veio? E como foi o processo de
criação?
Keila Gon: Eu estava em uma viagem e fiquei presa. Longe da minha filha
por mais de 10 dias ( gente, eu não fiquei
“presa”, foi um vulcão que entrou
em erupção e fechou os voos... faz uns três anos) E a distância, a
impotência... fiquei vendo pessoas muito diferentes, pensando em quanto à
cultura de um país pode influenciar a personalidade de alguém... Quando voltei,
fiz algumas outras viagens, principalmente para uma cidade perto da minha casa,
na montanha. E algumas coisas foram se encaixando nestas impressões... o
contato com a natureza que sempre esteve presente em minha família, somando os
causos(lá de Minas) de quando era criança. Mais algumas inspirações de pessoas
(minha irmã), filmes (A Bela e a Fera), livros que deixaram marcas profundas (
Orgulho e preconceito, Cinco minutos, O fantasma da ópera)... E Música... ahhhh
Não tem como explicar. É mais ou menos assim: quando a gente ouve uma música
que mexe com o coração, ativa um botão... tipo ON ...sabe? E isso atiçou a
vontade de sentar e colocar a emoção no papel. Daí em diante, as páginas
cresceram cresceram... hoje ainda visito a montanha com frequência, tenho boas
memórias “daquela” viagem, e uso a música como ferramenta de trabalho.
CL: Sabemos que alguns autores usam sua própria personalidade
para construir seu personagem. Seguindo esta ideia, eu gostaria de saber se a
personagem Melissa possui alguma característica sua?
Keila Gon: Todos possuem. Inclusive ela... coitada, acho que herdou a
teimosia e o gosto musical!
CL: Vincent é um personagem misterioso e muito sedutor. Você
se inspirou em alguém para cria–lo?
Keila Gon: Ahhhh Claro. Vincent é a memória, o presente e a imaginação.
Uma boa compilação eu acho ahahhahahha. Mas fui influenciada principalmente
pela Fera ( A Bela e a Fera), Mr. Darcy (Orgulho e preconceito), e Éric ( O
Fantasma da òpera)... Eles foram a base do BAD BOY de olhos turquesa. Fortes e
vulneráveis, ao mesmo tempo. E claro... a muita inspiração de homens reais,
SIM.
CL: Não é fácil escrever um livro e ser bem reconhecido pelo
seu trabalho. Você pode nos dizer quais foram as suas dificuldades depois de
publicar “Cores de Outono” e que dica você poderia dar para os aspirantes a
escritor (a)?
Keila Gon: PUBLICIDADE. Dá muito trabalho. Fato que levei mais de seis
meses para acabar SOMBRAS da primavera, a sequência de CORES. Na verdade estou
lutando com o capítulo final ahahhaha.
Um conselho? Não desistam. A teimosia é a melhor amiga de um
escritor iniciante. Leiam sua história com olhos de leitor, e ... revisões...
nunca são demais. JURO.
CL: Quais são suas influencias literárias? E como podemos
encontrá–las na sua obra?
Keila Gon: O romance adocicado de José de Alencar, a protagonista que
amamos e odiamos de Janne Austen, o mocinho atormentado de Gaston Loreux... a
mensagem por trás do romance de Jeanne Le Prince Beaumont, o mistérios de Sir
Arthur Conan Doyle... o detalheismo de Frances Mayes... Uh tem muita coisa
ahahhahah
CL: O que podemos esperar de Sombras da Primavera? E quando ele
chega às livrarias, já existe uma previsão?
Keila Gon: Em breve... Sei que é vago, mas
os detalhes me fazem ir e vir na história muitas vezes. E mudar capítulos. Mas
estou mergulhada nele, fiquem tranquilos... A louça está acumulando na pia,
filha e marido já encontraram o caminho da secadora e sabem discar para o
DELIVERY. Assim, espero acabar logo e ter notícias em breve! JURO QUE O BREVE
SERÁ BREVE !!!
Mas pra ficar um gostinho...
CL: Gostaria de agradecer imensamente pelo tempo em que você
dedicou respondendo estas perguntas e desejar muito mais sucesso nesta sua
jornada, você merece! Para finalizar, deixe aqui uma mensagem para os leitores
e fãs de “Cores de Outono”.
Keila Gon: “Cores de outono” é uma porta mágica para o mundo da
imaginação. Dentro dele vocês encontrarão a fantasia que mora no coração,
sonhos esquecidos, aventuras emocionantes e espero que terminem o passeio com
sorrisos no rosto. Convido todos a visitar esse lugar... sorrir, ser feliz e
deixar a magia encantar!
Eu que agradeço!
Adorei responder suas perguntas BRUNA!!!!
Mil Beijos de coração!
Leia a resenha de Cores de Outono AQUI.